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Diretorio 100% brasileiro



Aos perdedores da Copa do Brasil, dentre os quais me incluo. (Vê se assiste até o final; há uma bela mensagem nesta película digitalizada).

* * *

Muitos dizem que trabalhar enobrece o homem. Pelo menos enche sua cabeça para que não fique a pensar sandices. Preenche o tempo, alivia a mente e trucida o corpo.
Desde os tempos mais primórdios, lá ia o hominídeo, com sua ferramenta rudimentar, tentar o seu pão (ou melhor, mamute) de cada dia.
Com o tempo, surgiu a propriedade privada, o dono sanguessuga e os infelizes que nas terras trabalhavam. Talvez eu precisasse pesquisar (com o Google tudo ficou mais fácil), mas dá muito trabalho, acerca do surgimento da propriedade, que talvez seja contemporânea da cerca e do arame farpado. O proletariado sempre sofre, mas o interessante é que, para pregar condições justas, prega que a burguesia tenha que perecer. Não há somente um ajuste justo de castas, há a eliminação de uma parte da sociedade para poder acomodar o modelo, entitulado Ditadura do Proletariado (é penoso ouvir muitos dizerem que tudo mudará com a implantação da Ditadura do proletariado; nada contra o proletário, tudo contra a ditadura).
Dois aspectos hei de convir com o barbudo alemão: a utilização injusta da terra e o salário-de-fome pago ao trabalhador, somente para que sobreviva até o dia seguinte para trabalhar de novo ao 'seu senhor'. É uma situação a ser modificada, melhorada e humanizada.
No Brasil, um indivíduo tem que trabalhar 35 anos e ter, no mínimo, 65 para aposentar-se. Reformas ditaram isso. Para que eu não trabalhe em vão, começarei a labuta aos 30, não contabilizando anos de trabalho em excesso quando atingir o patamar para aposentadoria.

***



Salve, companheiros blogueiros e leitores de boa vontade!
Anotem no caderno: mais bravata por aí (como diria Elio Gaspari). A PM carioca resolveu ouvir a população para formular um calhamaço de propostas para melhorar o seu funcionamento. Se um espantalho estivesse presente (talvez juntamente com um robô estúpido e um leão cagão, seguindo ordens de uma idiota garota de sapato vermelho) o resultado seria o mesmo. As propostas já estavam na cabeça dos comandantes há muito tempo. E qual a solução para as mazelas da corporação? Mais impostos!
Dentre uma eternidade de 300 propostas, está uma que cria uma taxa - tal qual a de incêndio - para melhorias do armamento, da frota e da remuneração. O remédio é antigo, amargo e mais velho que andar pra frente: coloquemos a responsabilidade no andar de baixo e tudo resolvido está. A solução seria respeitada caso implementada em outro país, onde houvesse respeito aos fundos, taxas, impostos, cargos, Secretarias e Ministérios criados. No Brasil, é só mais um(a), pois cá pagamos uma enormidade de impostos e mesmo assim falta pra merenda. O IPVA não é direcionado para a reforma e construção de estradas. O Fundo de Erradicação da Pobreza financia propaganda política. A CPMF - criada para prover melhorias na saúde - é captada e distribuída para todos os ministérios e secretarias, menos o da Saúde. O ICMS é voltado pra confecção de placas falaciosas anunciando 10 mil obras. E assim será com a nova taxa que a PM tenta implementar (proposta já enviada à Assembléia Legislativa do RJ), a não ser que a sugestão do Viva Rio® seja aceita: criação de um fundo (outro?) - separado do dinheiro do governo estadual - controlado pela própria PM, onde esta geriria seu próprio orçamento. Poderia dar certo, mas se até capim pra cavalo estão superfaturando, imagina o armamento, as viaturas, os helicópteros, as lanchas...

***



Eu sou um homem doente...
Poderia começar uma história assim, tal qual os escritores russos e de tal assertiva narrar e explorar todas as mazelas que me acometem. São poucas, mas perenes, insistentes e chatas ao extremo de serem lidas (mais ainda de serem escritas). Li o periódico MESCALERO e fui levado pelas reminiscências e pelas constatações de que a velhice aproxima-se, mais no pensamento do que fisicamente (apesar de já fazer seus estragos). Ando meio velho e ranzinza. Fiquei reflexivo. Neste momento, olhei para Eusébio e pedi uma música para espairecer, assim como se fazia em Casablanca... Mas ele é somente um curió egoísta que não me entende, cantando apenas para as andorinhas charmosas que flutuam pelo bairro.
Quando a conversa se envereda na seara das lembranças de infância (e somente disso), há algo de errado. Nada produtivo ou esperança no futuro pairam na cabeça dos interlocutores; tudo parece uma grande viagem no tempo: um salto gigantesco da tenra infância até o fim da vida.

***



Outro dia vi um documentário no Animal Planet® sobre maus-tratos a animais. Dentre os mal-tratados estavam 12 pitbulls, utilizados em rinhas clandestinas nos arredores de Miami. Era de dar pena. As condições eram precárias; os animais ainda feridos das 'lutas' anteriores, com correntes pesadas no pescoço para fortalecer a musculatura local.
Em algumas partes do mundo, a criação pitbulls - dentre outras raças - é vedada, proibida e coibida por lei, pois têm um potencial ofensivo muito maior que os demais.
"Mas, Quevedo®, o problema é o tratamento que cada um dá ao cachorro! Há muitos poodles que também são ferozes!"
Oh! Disso não tenha dúvida. O determinante é o tratamento. Se um cão é criado com carinho, carinhoso e dócil será; caso seja criado para lutar, não passará de uma pilha de nervos de quatro patas e muitos dentes. Não venho cá discutir a criação que cada indivíduo deva dar ao seu cão. Só acho temerário ter cães com tamanha força na mordida. Há de se pensar que um cão desse porte, com uma mordida, pode dilacerar uma pessoa¹ - principalmente uma criança. Ao passo que um poodle enfurecido não dará muitas mordidas sem antes tomar uma tapa no focinho e sair chorando (caim! caim!).
Se a mania de criar cães de forte mordida - como o pitbull - vigorasse há uns 20 anos, este que vos escreve estaria sem queixo, ou totalmente desfigurado. Minha sorte é que era uma dálmata dócil em dia de TPM...
____________________
1. não inteira, anta! por partes.

***



Fidel Castro esteve presente na reunião de cúpula do Mercosul, na Argentina. Para evitar atentados como o captado pelas imagens supra do sistema de segurança, Castro resolveu trazer inúmeros seguranças que tumultuaram o encontro entre líderes de Estado. Sua comitiva teve 4 aviões.

***



post piegas de 2004

"Hoje é dia do amigo. Não vejo interesses por trás desta data, tal como ocorre no dia dos pais e das mães, bem como Natal e etc e tal. Não vejo o comércio roçando as mãos e com brilho nos olhos. O que vejo é carinho entre os amigos, lembrando-se uns dos outros, mandando e-mails ou fazendo posts em homenagem a todos os amigos. E assim o farei. Não posso enumerar aqui todos os amigos.
Só gostaria de poder, com este post, abraçar a todos. Amigos de infância, de colégio, de faculdade, de bar, de blog, de internet, de encontros e desencontros, amigos de vida, amigos que já se foram para longe ou para além. Enfim, amigos. A todos, o meu mais sincero abraço e mais carinhosa lembrança".

Muito mais do que um 'testículo' carinhoso, esta é uma homenagem aos que me aturam.
(nenhum amigo foi abatido, sacrificado ou machucado na confecção deste texto).

***




Iniciou-se semana passada, para desprazer deste que vos escreve, mais um tentativa separatista na TV. O militante Maneco tenta, desde os seus primeiros trabalhos, a instauração da República Matriarcal do Leblon, movida a bossa-nova, onde tudo é maravilhoso, onde todos têm bons trabalhos e riem a toda hora (sem falar que esbanjam dinheiro e tem belas mulheres - com exceção da Regina Duarte), onde as palavras proferidas pelas mulheres são dogmas (sempre comparando os homens a seres ignóbeis).
Pretende o velho barbudo revolucionar a geopolítica da dramaturgia brasileira.

***



Entregas em motos.
Assaltos em motos.
Cães em motos.
Pirâmide humana em motos.
Mas evangelização em motos nunca tinha visto.

Estava eu voltando do bar para casa quando vejo, ao longe, uma moto com dois indivíduos de terno. O veículo passa pela rua e ao me verem, gritam :

"JESUS É O CAMINHO...
A VERDADE...E A
VIDAAAAAAAAaaa...
"

Depois dessa, nem sei mais pra que serve uma moto...sei lá...mil coisas...





* * *

Apresentou-se, na quinta-feira, o mascote dos Jogos Pan-Americanos. Não aceitaram a sugestão do Quevedo® e colocaram um solzinho maroto, meio feito nas coxas...
A idéia do sol é interessante, é ideal para o Rio de Janeiro (que não possui um animal representativo, talvez os motoristas de ônibus, camelôs ou traficantes), mas o desenho é muito infantil. Parece feito por crianças de escola primária. Eu esperava uma elaboração muito melhor, assim como as mascotes das Olimpíadas de Pequim.
Mas como no Brasil nada é tão ruim que não possa ser piorado, colocaram três opções horríveis de nomes: Luca, Cauê e Kuará. Não que os nomes sejam horríveis em si, Luca eu até é bonito, mas as duas outras opções em guarani são tristes. E como o povo brasileiro não sabe votar, escolherá o pior nome possível.

OBS: muitas pessoas já votaram nos nomes indígenas, remontando às nossas origens e nossas raízes, como valorização dos povos que cá viveram antes de Cabral. Engraçado é que nenhuma das pessoas que alegaram isso tem traços indígenas na aparência; têm justamente a aparência daqueles que dizimaram os povos nativos.

* * *

...não deu mais pra segurar, explode granada de mão!
Se não bastasse a diferença religiosa, Israel, através de uma medida de um brasileiro na ONU, foi imposta aos povos árabes do Oriente Médio, numa região valorizada, com grande reserva de recursos hídricos. Seria como no verão se apropriassem de sua casa com piscina na base da truculência político-diplomática.
A situação entre Israel e povos árabes azedou de vez. Utilizando-se da desculpa do resgate de um soldado, o exército israelense resolveu sair à caça de grupos terroristas (que há muito 'perturbam a paz de Israel'). Gaza e Líbano já sentiram o peso da mão de ferro de Abraão. Síria e Irã podem envolver-se no conflito, o que seria uma catástrofe na região (principalmente se o primeiro-ministro iraniano cumprir suas promessas de varrer Israel do mapa).
Pior que a situação árabe-israelense somente a violência paulistana, com a nova onda de ataques terroristas, que incendiaram mais de uma centena de ônibus e alvejaram vários estabelecimentos comerciais. O clima de insegurança é tão grande quanto no Oriente Médio, pois a qualquer momento pode estourar uma bomba ou passar um carro com armamento pesado descarregando seus cartuchos em qualquer lugar.
O ex-governador Alckmin disse que 'os ataques são uma resposta da criminalidade à prisão de grandes chefes de quadrilhas do crime organizado'. Esta, frase, porém, contém uma armadilha, uma vez que as ordens dos ataques partem de dentro dos presídios, com a leniência do Estado. Quis explicar defendendo-se e complicou-se.

***



Amanhã o COB lança a mascote dos Jogos Pan-Americanos de 2007. Dizem que será um solzinho. Não sei por que não se faz um bicho como de costume; é o Rio de janeiro querendo ser diferente.
Para fugir do trivial, fiz esta mascote, o Falcãozinho, que ilustra bem a realidade brasileira, principalmente a carioca. Todos os cidadãos brasileiros identificam de cara este desenho com a capital fluminense.
É Quevedo® contribuindo com a imagem do Brasil.

NOTA: reparem bem o espírito olímpico fluindo do fuzil; é pura poesia!

* * *

Vi que o vídeo que postei ontem aqui não fez muito sucesso. Talvez por tratar-se de um vídeo já publicado pelo Kibeloco® ou pelo fato de demorar a carregar. Não sei se é falta de paciência ou de tempo dos meus 8 'leitores', mas tenham certeza, se eu coloco um vídeo aqui, é porque é do-bão. Podem confiar no meu lado Fellini em ação.
Saudações.

***



A derrota brasileira causou frustração em muitos - para não dizer quase todos - brasileiros. No vídeo acima, veja o desabafo de alguém inconformado com a pífia campanha do escrete canarinho na Copa. É tamanha a sinceridade do sujeito já 'ligeiramente' tocado pela Santa Mão do Álcool.

***



Fratelli d'Italia
di Goffredo Mameli
musica di Michele Novaro

Fratelli d'Italia,
l'Italia s'è desta,
dell'elmo di Scipio
s'è cinta la testa.
Dov'è la vittoria?
Le porga la chioma,
che schiava di Roma
Iddio la creò.

Stringiamoci a coorte,
siam pronti alla morte.
Siam pronti alla morte,
l'Italia chiamò.
Stringiamoci a coorte,
siam pronti alla morte.
Siam pronti alla morte,
l'Italia chiamò, sì!

***



O trabalho "danifica" o homem

A atividade laboral tem como intuito enobrecer o indivíduo, dar-lhe recurso, aumentar sua auto-estima através da autosuficiência, de sentir-se útil. Partindo deste princípio, é sempre uma boa iniciativa que estabelcimentos de reabilitação adotem o trabalho como ocupação dos internos, uma forma de mantê-los ocupados e ensinar-lhes um novo lavoro.
Há algum tempe, presidiários têm a atividade de fabricar e consertar bolas de futebol. Havia um convênio com uma empresa, que comprava as bolas produzidas pelos internos. Até aqui, tudo muito interessante: ocupação dos detentos, redução da pena, remuneração, além da produção para a sociedade. Mas não contavam com o jeitnho brasileiro. A empresa compradora das bolas - de propriedade de um advogado - reclamava de defeitos no produto e retornava as bolas com problemas para quem as produziu. Nada mais normal. Ocorre que a empresa colocava dentro das bolas celulares, drogas e, suspeita-se, armas. O que seria uma atividade produtiva e benéfica acaba por ser um fomento aos crimes cometidos de dentro dos muros, nas barbas do Estado.

***



E lá se foi Portugal. A França, com uma pequena ajuda da arbitragem, despachou os patrícios. Mesmo assim, congratulações ao escrete grená que demonstrou garra até o final da partida, suando sangue (ê, clichezinho safado...), porém acabou ganhando o que Amélia ganhou do Padre Amaro.
Mais uma da França; mais um time de minha simpatia eliminado por estes gauleses maníacos (muito bem armados e distribuídos no campo).
Agora só me resta a Itália.

* * *

A Coréia do Norte testa mísseis de longo alcance para transportar suas ogivas nucleares. A notícia soou, literalmente, como uma bomba na Casa Branca e aos países vizinhos da Coréia Comuna. Japão está se borrando de medo, mas faz voz grossa para não perder a moral. O governo norte-coreano, nitidamente, leva adiante este projeto para conseguir vantagens e o fim de algumas barreiras que, por adotar o comunismo, foram-lhe impostas. Mas o mundo não perdoa quem pisa na bola (nem no quiabo, no tomate ou na chapinha): sanções são estudas por Rússia e Japão; a China também que partir pra cima.
Todos temem uma grande guerra nuclear. Eu não. Se não aconteceu quando os nervos estavam à flor da pele entre soviéticos e americanos, não será por conta de uma ditadura coreana que o mundo irá acabar.
Mas é sempre bom previnir. Já fiz amizades com algumas baratas para que me dêem abrigo e alimento no caso de um apocalipse nuclear acontecer.

***



Merde de la merde...

Nenhum (eu disse NENHUM!) outro jornal deu outra nomenclatura ou explicação melhor ao que aconteceu sábado em Frankfurt do que o argentino Ol鮹. Ok, existe a tradicional rivalidade², mas vem daí a melhor análise. Uma análise feita com 100% de crítica e deboche, sem falso respeito, sem preocupação de não ferir a imagem do Brasil ou de jovens garotos - com exceção de Zagallo, Parreira, Cafu e Roberto Carlos - que ganham milhões e rendem milhões a conglomerados industriais (desculpem-me os mais eruditos pela repetição da palavra milhões, mas falando milhões tive que repetir milhões milhões de vezes; além disso, dizem que, financeiramente, milhões atraem milhões).
A comissão técnica deveria aprender hombridade com los hermanos (não me refiro à banda, mas sim aos argentinos): Peckerman pediu demissão do cargo na entrevista coletiva logo após o jogo; Parreira resolveu proteger sua imagem, seu trabalho e não apontou falhas. Somente no dia seguinte veio reconhecer a grandiosidade da França, mas com ressalvas: afirmou que não adiantaria colocar vários jogadores marcando Zidane, pois ele estava inspirado no dia; o problema é que todo o time da francês jogou livre-leve-e-solto. Parreira continua como selecionador brasileiro, por enquanto. Dentre os jogadores, Juninho Pernambucano foi o único sensato a pregar que os mais velhos da seleção (acima de 30 anos) cedam espaço aos novos, para que se inicie desde já o projeto 2010. Cafu, ao contrário, pôs-se à disposição do próximo treinador (ele só pensa em quebrar recordes! ele é louco! insano!!).

Hoje em Dortmund, houve uma verdadeira batalha, mas entre cavalheiros e não a bárbárie entre Lusos e Holandeses. Alemanha e Itália fizeram um jogo morno (tão morno que dormi), com domínio da Squadra Azzurra, mas a prorrogação valeu à pena. Teutônicos e italianos lutaram até a última volta do relógio e mostraram qual é o espírito de uma Copa do Mundo. Nestes 30 minutos extras, os italianos perseguiram a vitória a todo custo, talvez temerosos pelo sucesso do selecionado germânico nas quartas-de-final ou não querendo dar chance ao azar, pois, para muitos, pênalti é loteria - e de loteria Marcelo Lippi e Buffon não querem ouvir falar...
____________________
1. tudo bem que a foto é do começo do jogo (Ronaldinho com aquele negócio ridículo na cabeça), mas enquadra bem o riso do Zidane.
2. veja texto do dia 29/06.

***



Às armas, cidadãos!
Formem seu batalhão!

Os franceses não só cantaram como também puseram em prática o hino nacional. Lutaram, brigaram, demonstraram habilidade de sobra para fazer o Brasil - o favoritíssimo ao título - cair de joelhos diante de seu futebol. Jogaram bonito, não deixaram o Brasil jogar. Armaram jogadas e desarmaram nossos jogadores. O lema da Revolução foi levado à risca: Igualdade (os meias doaram-se por inteiro, independente se eram ofensivos ou defensivos), Liberdade (com excelente movimentação, o time francês muito espaço para chegar à meta brasileira) e Fraternidade (todos se ajudaram na defesa, no desarme, na saíde de bola).


"Malditos gauleses! Malditos sejam estes gauleses!"
Triste e melancólico fim de Copa para os escrete canarinho. O time arrastou-se em campo, a comissão técnica, sonolenta, corroborou com a apatia do time e voltamos pra casa mais cedo. Festa para a torcida azul, que conta com um ídolo, que prestes a aposentar-se, mostra ânimo de menino e a categoria de sempre. A Ronaldinho Gaúcho sobrou o papel de coajuvante, com seu futebol malabarista, sem muito resultado. Talvez consiga um emprego no Cirque du Soleil ("Oh, não! também é francês?").
À seleção faltou, primeiramente, ânimo. O time andava em campo achando-se o maioral, acreditando que o adversário seria a barata tonta de Gana. Não era.
Em segundo lugar, faltou humildade de reconhecer que Zidane e Henry são grandes jogadores e que merecem atenção e marcação especiais. Parreira deixou-os correrem livres ("Run, Forrest, run!") sem a menor resistência. Zidane jogou como nunca (ou seria melhor dizer 'como sempre'?) e mostrou, com classe e maestria, com quantas letras (atenção, Zagallo!) escreve-se craque.
Estamos fora do Mundial. Alguns críticos dizem que o Brasil não jogou nada. Concordo em parte. O Brasil demonstrou o mesmo futebol durante a Copa. Foi constante; só variaram os adversários. Quando enfrentou um bom time, abateu-se, amedrontou-se e perdeu.

Pelo menos fez-se justiça à 98, quando o Brasil perdeu para o time da baguete e disseram que foi armado. Hoje, com um time muito superior ao de 98, o Brasil conseguiu perder para uma Franca cuja base é a mesma (Barthez, Thuram, Vieira, Zidane, Henry). Adiferença é que perdemos de menos.

Ê, Parreira! Um timaço na mão e por conta de superstições, manias e teimosias, eliminou-o - por sua culpa. Falta de Cafu (questionado) e falha de Roberto Carlos (questionado) foram os ingredientes para o gol francês. Próxima Semana-Santa, já tenho um novo Judas pra malhar. E como já dizia Cartola:

Chora, disfarça e chora
Aproveita a voz do lamento
Que já vem a aurora

***



Cresci assistindo a Chaves. Ria bastante dos personagens, da trama e das piadas contadas mil vezes da mesma forma.
Tive em Seu Madruga (vulgo Don Ramón... ou seria o inverso?) um ídolo cômico e esta simpatia perdura até hoje (volta e meia vejo um episódio e com certeza o mais engraçado é o Don Ramón). Via Prof. Girafales e Seu Barriga como figuras antipáticas, meros coadjuvantes...
Simpatizei-me tanto com Seu Madruga (Don Ramón) que vejo trabalho como algo penoso.
Isso que dá seguir os maus exemplos.Deveria eu, em minha tenra infância, ter como exemplo outros personagens (que não fosse o Quico) e criar, hoje, uma imagem digna, frutífera e fecunda do lavoro.

* * *

As Pombas...
Raimundo Correia

Vai-se a primeira pomba despertada...
Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada...

E à tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais de novo elas, serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada...

Também dos corações onde abotoam,
Os sonhos, um por um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;

No azul da adolescência as asas soltam,
Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais...

***